O que é?

O cálculo renal ou “Pedra nos Rins” é atualmente uma doença muito frequente. Cerca de 20% da população é acometida em alguma fase da vida. A chance de uma pessoa que já teve cálculo renal vir a ter novamente é de cerca de 50% em cinco anos. Por isso, apos o tratamento, e muito importante a prevenção da formação de novos cálculos. Para isso as orientações nutricionais são muito importantes.

Além de muito frequente, é uma condição que pode levar a dores muito fortes, internações e cirurgias de urgência, infecções urinárias e até risco de perda da função renal.

Sintomas

A cólica renal é uma dor muito forte, que normalmente se inicia de repente na região lombar, podendo irradiar para região inguinal e genital. O paciente pode apresentar também náuseas, vômitos e às vezes alterações na urina. Geralmente a dor se inicia quando o cálculo “desce” do rim e vai em direção a bexiga através do canal do ureter. Em alguns casos o cálculo obstrui o ureter levando a dilatação do Rim e aumento da intensidade da dor.

Como é feito o diagnóstico?

O melhor exame para diagnosticar o cálculo renal durante o episódio de cólica renal e uma tomografia helicoidal de abdômen e pelve sem a utilização de contraste. Outros exames como Ultrassonografia do Trato Urinário e Urografia Excretora, podem também diagnosticar o cálculo.

Tratamento

O tratamento do cálculo renal ou ureteral depende da posição do cálculo, do seu tamanho, da sua composição e dureza, e dos sintomas do paciente.

Resumidamente o tratamento dos cálculos pode ser realizado por observação, utilização de medicamentos para expelir o cálculo, Litotripsia Extracorporea por ondas de choque, retirada do cálculo por ureteroscopia, cirurgia renal percutânea, cirurgia laparoscópica e cirurgia convencional.

Os cálculos menores que 4 mm que não causam sintomas em geral são observados pois tem grande chance de serem eliminados. Para os cálculos pequenos que estão no ureter causando pouca dor podem ser expelidos com a utilização de medicamentos alfa-bloqueadores.

Litotripsia Extracorporea (LECO)

A Litotripsia Extracorporea (LECO) é realizada para cálculos renais de até 1,5 cm que não são muito duros. Nesse procedimento, não há cortes ou incisões. E realizado com anestesia ou sedação, ambulatorialmente. O paciente recebe ondas de choque que se difundem pelo corpo e concentram sobre o cálculo fragmentando-os, para que depois o paciente os elimine. Após esse procedimento é frequente ocorrer episódios de cólica e sangramentos na urina. Quando o cálculo não é eliminado totalmente, outras sessões podem ser necessárias. As taxas de sucesso variam de 40 a 60%.

Ureterorrenolitotripsia flexível à laser

Os cálculos renais não muito grandes podem ser tratados com equipamentos endoscópicos com uma câmera que visualiza o cálculo e o fragmenta com laser. Esse método é chamado de Ureterorrenolitotripsia flexível e tem excelentes taxas de sucesso que variam de 92 a 98% e rápida recuperação. Realizado com anestesia, não há necessidade de cortes ou incisões e pode ser feito via ambulatorial ou com internação de 1 dia.

Cirurgia renal percutânea

Os cálculos maiores que 2 cm são tratados, em geral, por cirurgia renal percutânea. Nessa cirurgia realizamos uma incisão de aproximadamente 1 cm na pele da região lombar por onde o cálculo é fragmentado e retirado. Também é realizado com anestesia, em geral demanda um periodo de internação maior que 1 dia. As taxas de sucesso são elevadas (80-90%), com chances de complicação que variam de 5 a 10%.

Em alguns casos especiais há a necessidade de realizar cirurgia tradicional ou laparoscópica. Em geral são causas onde as outras técnicas falharam ou não podem ser aplicadas.

Ureterorrenolitotripsia

Aqueles cálculos localizados no ureter tem como melhor forma de tratamento a ureterorrenolitotripsia, com visualização e fragmentação direta do cálculo com laser, apresentando altas taxas de sucesso e rápida recuperação. E um procedimento pouco invasivo onde um aparelho fino com uma câmera na sua extremidade é passada pela uretra e permite visualizar o interior da bexiga, do ureter até chegar na pedra. O cálculo é então fragmentado com o laser e esses fragmentos retirados.