Bexiga hiperativa

O que é?


A Bexiga Hiperativa é uma síndrome clínica caracterizada por repentina vontade de urinar (urgência), com ou sem perdas urinárias (incontinência), com aumento da frequência urinária diurna e noturna (noctúria). Esses sintomas ocorrem devido à hiperatividade da bexiga (hiperatividade detrusora), ou seja, acontecem contrações involuntárias, ou seja, sem o controle e vontade da pessoa, durante a fase de enchimento vesical.

A Bexiga Hiperativa pode interferir nas atividades e na qualidade de vida de homens e mulheres, podendo causar transtornos emocionais, psicológicos e sociais dos seus portadores.

 

 

Causas


A bexiga hiperativa pode ocorrer sem causa aparente ou associada a doenças neurológicas tais como doenças ou lesões da medula, derrame cerebral, poliomielite, distrofia muscular, doença de Parkinson, esclerose múltipla etc. A prevalência de apresentar bexiga hiperativa aumenta com a idade, de modo que aos 50 anos cerca de 5 a 10% da população apresenta essa condição e acima dos 70 anos mais que 30% de homens e mulheres apresentam bexiga hiperativa. As causas desse tipo de problema podem ser uma infecção urinária que leva à uma inflamação da camada interna da bexiga (mucosa), o efeito adverso de determinada medicação, alterações nos nervos que controlam a bexiga e em alguns casos a causa pode ser indeterminada. Algumas causas são temporárias e outras são duradouras.

 

 

Tratamento


A grande maioria dos pacientes que apresentam Bexiga Hiperativa é tratada com sucesso. O diagnóstico é feito baseando-se na história clínica, diário miccional, exame físico, exames complementares como urina, ultrassonografia do trato urinário, e muitas vezes é necessário realizar um estudo urodinâmico.

Após o diagnóstico o tratamento é quase sempre conservador com terapia comportamental e tratamento farmacológico.

Como primeira opção de tratamento pode ser realizada a terapia comportamental através de mudanças na ingestão de líquidos, micção programada, tratamento da constipação, mudança de hábitos alimentares e exercícios pélvicos.

O tratamento farmacológico da hiperatividade detrusora consiste na utilização de medicamentos anticolinérgicos, causando a inibição da produção de acetilcolina que é a principal responsável pela contração dos músculos. Essas drogas são contraindicadas em caso de glaucoma de ângulo fechado não operado. As medicações são disponíveis como Oxibutinina, Tolterodina, Darifenacina.

Alguns pacientes não apresentam melhora após o tratamento farmacológico e outros não toleram os efeitos adversos decorrentes do uso dos anticolinérgicos, como boca seca, constipação e visão turva. Para esses casos a injeção de toxina botulínica é uma alternativa ao tratamento, apresentando altas taxas de sucesso (80-90%), sendo realizado por um procedimento endoscópico, que pode ser feito por via ambulatorial ou com internação de 1 dia.

Outra alternativa de tratamento é a neuromodulação sacral realizada por meio de um dispositivo chamado Interstim, que é um marca-passo implantado na região sacral, próximo aos nervos que vão para a bexiga, controlando a hiperatividade.

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Dr. Paulo Sajovic De Conti - Todos os Direitos Reservados 2018