Disfunção erétil

A disfunção erétil, popularmente conhecida como impotência sexual, é a dificuldade “recorrente ou constante” de se obter e/ou manter uma ereção peniana suficiente para permitir uma atividade sexual adequada.

Essa condição acomete milhões de homens em todo o mundo e gera frustação não somente ao indivíduo, mas também à parceira, interferindo nos relacionamentos interpessoais. Isso compromete uma vida sexual saudável e consequentemente, deteriora a qualidade de vida dos pacientes, seus familiares e parceiras.

Cerca de 1% dos homens com 25 anos, e mais de 50% dos homens entre 40 e 70 anos apresentam disfunção erétil em diferentes graus de intensidade (leve, moderada e severa).

 

CAUSAS DE DISFUNÇÃO ERETIL


As causas da disfunção erétil podem ser de origem psicogênica, físico-orgânica e mista.

 

CAUSAS PSICOGENICAS


As causas de origem psicogênicas em geral apresentam-se como distúrbios emocionais, como por exemplo nervosismo, ansiedade, depressão, baixa autoestima, estresse, fadiga, cansaço, sentimento de culpa, ansiedade com relação ao desempenho e medo de perda da ereção ou não satisfazer a parceira.

 

CAUSAS ORGANICAS


Existem várias causas físico-orgânicas de disfunção erétil como por exemplo distúrbios hormonais, doença de Peyronie, alterações neurológicas, priapismo, doenças cardiovasculares, distúrbios arteriais, veno-oclusivos, cirurgias, uso de medicamentos, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas ilícitas, cirurgias prévias e traumatismos.

Alguns distúrbios hormonais podem afetar as ereções tais como baixos níveis de testosterona (hormônio sexual masculino), altos níveis de prolactina (hormônio produzido pela hipófise), insuficiência renal e doenças hepáticas.

A doença de Peyronie é caracterizada por uma curvatura peniana durante a ereção, podendo estar associada ou não a dor. Essa situação pode dificultar ou até mesmo impossibilitar o ato sexual. Cerca de metade dos pacientes podem apresentar disfunção erétil.

Entre as alterações neurogênicas relacionadas com a disfunção erétil estão os distúrbios do sistema nervoso central e periférico. As cirurgias de coluna, tumores cerebrais, esclerose múltipla, os traumas raquimedulares, as malformações congênitas como a espinha bífida são exemplos de distúrbios no sistema nervoso central que levam a disfunção erétil. O diabetes é uma das causas mais comuns de disfunção erétil. Nessa condição os nervos periféricos e os vasos sanguíneos da região peniana ficam danificados como consequência do diabetes.

As doenças vasculares que comprometem o fluxo sanguíneo como a arteriosclerose e os traumatismos pélvicos podem tornar o fluxo sanguíneo dentro do pênis lento, dificultando a ereção e sua manutenção. Podem ocorrer também problemas de drenagem sanguínea quando as veias que mantêm o sangue no pênis durante a ereção estão lesadas, e então a ereção não é mantida.

Outra situação que gera consequências para o funcionamento adequado da ereção é o priapismo. Trata-se de uma ereção que dura mais tempo que o normal, não relacionada com o desejo sexual e provocada por uma alteração no fluxo sanguíneo do pênis. As causas podem ser doenças do sangue como anemia falciforme, leucemia, traumatismos e uso de determinados medicamentos. O priapismo é uma situação em que o paciente deve recorrer a um atendimento médico em um serviço de emergência para interromper o quadro e evitar lesões irreversíveis no pênis.

Algumas cirurgias podem comprometer a inervação e o fluxo sanguíneo responsável pela ereção como cirurgias na coluna, no intestino, na bexiga ou uretra, cirurgias próximas do feixe neurovascular, e a prostatectomia radical (retirada da próstata em casos de tumores). Além disso, os traumatismos como fraturas pélvicas, lesões no períneo, lesões no sistema nervoso central (medular ou cerebral), podem causar disfunção erétil.

O uso de determinadas medicações para tratamento da hipertensão arterial, alterações hormonais, depressão e outras doenças podem causar disfunção erétil por interferir no fluxo sanguíneo ou no funcionamento dos nervos da região peniana. O consumo de drogas ilícitas também pode prejudicar as ereções.

O tabagismo, o alcoolismo, o diabetes, antecedentes de cirurgias na região pélvica e de doença coronarianas são fatores de risco para o desenvolvimento de disfunção erétil.

 

TRATAMENTO CLINICO DA DISFUNÇÃO ERETIL


Para as disfunções de origem psicogênicas são utilizadas as terapias comportamentais e psicoterapia. O diálogo entre o casal é muito importante para eficácia do tratamento.

O tratamento para os casos de disfunção erétil físico-orgânicas podem ser clínicos ou cirúrgicos. Os medicamentos de uso oral incluem os inibidores da 5-fosfodiesterase, que é uma enzima que se encontra no pênis (corpo cavernoso) e está envolvida no mecanismo de ereção peniana. Não deve ser prescrito a pacientes cardíacos que utilizam medicamentos vasodilatadores do tipo nitratos. A vacuoterapia é uma alternativa de tratamento não invasivo com um índice de satisfação baixo, não sendo prescrito para pacientes com anemia falciforme, história de hemorragias ou em uso de anticoagulantes.

As medicações autoinjetáveis intracavernosas no pênis levam ao relaxamento do tecido muscular liso e permitem o fluxo sanguíneo para o pênis, criando a ereção. A prostaglandina E1 (PGE1) apresenta uma eficácia em torno de 80% dos casos. Alguns pacientes se queixam de dor no local da aplicação, o que leva à interrupção precoce do tratamento. A associação de papaverina, PGE1 e fentolamina em doses baixas de cada droga apresenta eficácia em torno de 90% dos casos.

 

TRATAMENTO CIRURGICO DA DISFUNÇÃO ERETIL


O tratamento cirúrgico é indicado para os casos de pacientes que não se adaptaram ou não apresentaram resultados satisfatórios aos tratamentos clínicos existentes. As próteses têm a função de proporcionar uma rigidez adequada ao pênis para a realização da atividade sexual. É um procedimento seguro com alto índice de satisfação do casal e taxas de sucesso em torno de 97 a 98%. A prótese é um dispositivo interno, não aparente externamente, e que não interfere em fatores como desejo, libido, ejaculação e orgasmo. (veja PROTESE PENIANA)

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